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HISTÓRIA

Segundo a obra: “Essas, entre muitas famílias, fizeram a história de Santo Antônio da Patrulha”, de Noely Aguiar e Lacy Maria Aguiar, Taquara, 2000; Antônio Aguiar transferiu-se com a família de Santo Antônio da Patrulha para Taquara em 05/01/1931, onde residiu com sua família nas ruas Marechal Floriano e Bento Gonçalves posteriormente. 

Em 14/08/1941 Antônio Aguiar adquiriu a casa Nº 1194 da Rua Tristão Monteiro, onde instalou, no térreo, escritório para atender a população quando era Juiz e depois para recomeçar a advogar (1951-1963) até seu falecimento. 

Quando morava na rua Bento Gonçalves, Antônio Aguiar se reunia para matear com seus amigos e vizinhos, e a roda de chimarrão continuou na casa da rua Tristão Monteiro, só que com maior movimentação de pessoas devido à vizinhança com a prefeitura. 

A cuia corria de mão em mão. A água era esquentada em um fogareiro, mas como o fogareiro não dava mais conta do movimento, Antônio Aguiar comprou entre 1941/1942 um “FOGÃOZINHO” de duas bocas. Este fogão era alimentado por carvão e a chaleira em cima da chapa sempre fornecia água no ponto desejado para os mates. 

Os encontros não ficavam apenas no chimarrão, muitas vezes era proposto fazer churrasco, galinhada, carreteiro. Logo se providenciava um cozinheiro e também um tocador de gaita e violão para animar o pessoal. Enquanto os cozinheiros ficavam a frente do fogão ou da churrasqueira, a roda de mate seguia com música, trova e declamação. 

Em uma das reuniões na década de 40, Antônio Aguiar juntamente com o grande entusiasta das lides campeiras Dr. Olavo de Carvalho Freitas decidem criar uma agremiação a fim de cultuar as tradições gaúchas. Então surge em 1947 o “CENTRO CÍVICO GAÚCHO”, constituído por uma diretoria provisória, tendo como presidente Antônio Aguiar. 

Passado algum tempo, os frequentadores das rodas de mate decidem mudar o nome da agremiação e um dos presentes apontou para o “FOGÃOZINHO”, surgindo a nova denominação da confraria “O Fogão Gaúcho”. 

Neste meio tempo, Dr. Olavo, integrante do “Fogão Gaúcho”, procurou Cyro Dutra Ferreira, que fazia parte do 35 CTG, fundado em abril de 1948 em Porto Alegre, para inteirar-se dos detalhes da formação do mesmo, a fim de obter uma orientação e poder com ela traçar diretrizes do nosso CTG que seria o 2º do Rio Grande do Sul. 

Então no dia 07/08/1948 é fundado em Taquara o Centro de Tradições Gaúchas “O Fogão Gaúcho” com diretoria eleita, sendo Olavo de carvalho Freitas escolhido primeiro patrão. Em 14/11/1948 ocorre a primeira grande promoção aberta ao público nas terras de Theophilo Sauer, onde aconteceram provas campeiras, declamações, trovas, rodas de canto, danças e um grande churrasco com a participação do “paraninfo” de fundação, 35 CTG. 

Mas um CTG em região de colonização alemã? Sim, o segundo CTG surgiu em uma região de colonização alemã, pois os mesmos foram muito reprimidos durante o Estado Novo, devido a ameaça do nazismo, não podendo nem falar em alemão em locais públicos. Com o término do Estado Novo, eles fundaram o CTG, buscando uma forma de se integrar na sociedade e reafirmar o gauchismo e a brasilidade. 

Em 1961, o CTG “O Fogão Gaúcho” sediou o 8º Congresso Tradicionalista, no qual foi aprovada a Carta de Princípios, documento basilar do Movimento Tradicionalista Gaúcho. O qual foi considerado cláusula pétrea em 2001, durante o 1º Fórum Tradicionalista, que também aconteceu em Taquara, durante os 40 anos da aprovação da Carta de Princípios. Em 2011, Taquara sediou o 1º Acendimento Nacional da Chama Crioula, em comemoração aos 50 anos da Carta de Princípios. 

Em 1972, o CTG “O Fogão Gaúcho” promoveu a 1ª edição da Ciranda Musical Teuto-Rio-Grandense, o segundo festival de música criado no Estado. A Ciranda não era um simples festival, pois também valorizava a música alemã e a integração com a música gaúcha. Em sua 3ª edição, realizada em 1978, o palco da Ciranda revelou aquela que seria considerada um hino extraoficial do RS, a música “Céu, Sol, Sul, Terra e Cor”, de Jader Moreci Teixeira, conhecido como Leonardo.

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